segunda-feira, 17 de março de 2008

Análise de segunda : SOS inundação de alegria

Por Eduardo Del Picchia
ONG PRÓ PALMEIRAS

C-H-U-P-A Bambi...
Foi um jogo de alegrar os corações alviverdes, tão sedentos de alguma vingança contra os bambis, qualquer que fosse, para começar a acabar um fase que elas se orgulham tanto e que, mesmo com o domínio apresentado nas fases negras da administração palestrina, se resume a um placar de 97 vitórias a 92...se não fossem os anos Mustafá no século XXI, estariam ainda bem atrás, como vão ficar em breve. 4 a 1 foi o começo.

Não foi vitória de 1 a 0, 2 a 1, coisa apertada. Foi goleada como há muito não acontecia contra elas. Foi construída detalhadamente, 3 jogadas de gol foram sensacionais. No primeiro tempo, o time mais leve, criativo, técnico, com repertório variado, sofreu muito com o gramado encharcado, tanto que os bambis, sem criatividade ou jogadas variadas, se valeram da força física da imperatriz "caganosa", que fez um belo gol, sem realmente que fosse uma falha da zaga, quer dizer, talvez o Henrique pudesse ter tomado para si a marcação, mas o Diego estava lá e não conseguiu impedir.

Entretanto, a partir daí, e principalmente no segundo tempo, com a entrada de Martinez, salvo alguns momentos, o domínio foi do Palmeiras, que soube se impor e só precisou de 3 pênaltis porque a defesa bambi se descabelou e quis impedir a qualquer custo os gols. Histeria nem sempre resolve...Cabe ressaltar que Martinez jogou sério e bem, parece outro, graças a Deus...sua contribuição foi valiosa e merece registro, nesse jogo se libertou surpreendentemente da síndrome de sapo morto que ainda contamina o Wendell, que parecia perdido em campo. O ex-cuzeirista não fez uma falta besta perto da área, não fez nada errado.

Bom, vamos falar de 2 problemas:

1. Todo o setor defensivo precisa parar com essa mania perdedora de dar bote de primeira, de querer resolver logo a marcação, sem cercar e raciocinar. Não fez isso em vários momentos, mas fez mais do que deveria, do começo ao fim do jogo. Quando estudar o jogo na longa e feliz semana que entra, o Luxa vai mostrar isso com certeza.

2. O Kleber vai se ferrar e pegar pelo menos de 3 a 5 jogos se não aparecer a imagem do André Dias dando nele antes. Aparece sim ele sofrendo, colocando a mão na boca como procurando machucado, mas o lance será fundamental para atenuar ou pelo menos compensar a perda do jogador. Igualmente, precisa aparecer o lance do Jorge Wagner tentando dar (ou dando) um chute no Valdívia, antes do 4º gol. Podemos sofrer uma baixa séria, não uma grande perda pq acredito que temos reservas com potencial, mas o Kleber não podia sair agora, entretanto, a tentativa bambi de compensar ser goleado, vai ser difícil ele não ser julgado. O Kleber errou feio, foi na maldade, justa ou não, foi para machucar e conseguiu. Uma pena, eu acredito que vai pagar caro.

Voltando às coisas boas, outra vez, ninguém foi realmente mal, uns apareceram menos, outros mais, mas quem fez pouco compensou com participação em gol(s), como o Valdívia. Por isso, por defesas fantásticas, marcações perfeitas, passes precisos, lances de gols que originaram pênaltis e gols marcados, Wendell leva nota 5, mas ninguém mais ficou abaixo de nota 6,5, como tb ninguém se destacou demais, a nota máximo é 8 para Marcos (duas defesas sensacionais) e Kleber (gol e pênalti sofrido), mas dou 7,5 para metade do time. Entretanto, dessa vez a nota do time não é necessariamente a média individual, pq teve um componente a mais que sempre bonifica os grandes vencedores: a união do grupo. O Palmeiras leva pela média dos jogadores nota entre 7 e 7,5, mas como time, leva nota 8 nessa goleada.

Dessa vez vale dar espaço especial para os gols, um parágrafo para cada, um golaço em jogada bonita e três pênaltis muito bem construídos.

O primeiro gol foi uma pintura, o Kleber não pode sair do clube até julho do ano que vem pelo menos, na câmera lenta o zagueiro bambi ainda deslizava de pernas abertas na avenida quando o atacante chutou, depois de mostrar habilidade na cortada, visão total de gol, oportunismo, seriedade, faro de matador. Caiu como uma luva nesse time. Isso sem falar na roubada da bola do Junior, no passe de calcanhar do Elder e na mãozinha frouxa do goleiro biba. Festa.

O segundo foi cavado com o profissionalismo e seriedade do Valdívia, que não deve conhecer o passado glorioso do Junior, só o presente "abambizado", pq aplicou o golpe perfeito, levou a bola e deixou para o Junior o que tinha que deixar...quem sabe, sabe, pq não adianta espernear, foi pênalti claro e ponto final, quem mandou gostar de rasgar a bunda no gramado?. Denilson se livrou dos últimos vírus bambis e se libertou, vibrando como nunca com seu gol "bola pra cá, goleiro pra lá". Detalhe, foram 40 segundos de toque de bola, de lá para cá, com 12 passes. Show.

No terceiro o tal do Juninho, ainda novo no Morumbicha, quis mostrar destreza em montar nos outros...saiu correndo atrás do Kleber, tentando algo estranho no terreno da Vila Sônia, vir por trás...sem mostrar intimidade nisso, forçou e empurrou, sem qualquer delicadeza. Dois jogadores davam condição para o Kleber, um na área (André Dias, inclusive com o braço esticado para trás) e o Jorge Wagner, desfilando na ala esquerda da defesa bambi. Pênalti e expulsão. Valdívia então se libertou de um grande trauma, cobrou o pênalti com maestria, bola pra cá, goleirinho pra lá. Felicidade.

O quarto gol não foi só um gol de pênalti, mas 11 passes perfeitos, toques de primeira, toques de segunda estilo "tá comigo não tá comigo", um avanço, toque de primeira e um avanço final. Uma jogada maravilhosa de 37 segundos de posse de bola após um lateral, que culmina com um passe mágico, sem querer querendo, de Valdívia, e uma finta de corpo de Diego Souza que deixa a zaga bambi zonza...não havia mais nada a fazer para o Felisbino que não se transformar em uma biba voadora, por trás como gosta...E saiu muito barato para o Richruela, que merecia ser expulso também. Não importou, a goleada estaria consumada com mais uma bola pra cá, goleirinho de hockey pra lá, Diego Souza o autor.Êxtase.

Não tem o que as bambinas se espernearem, se unharem, se descabelarem e gritarem histéricas, levaram de 4, acho que queriam mais, só pode ser, não viram que foram pênaltis e que tinha um time melhor na frente? Se acostumaram a ver os outros atrás deles, mas dessa vez a coisa é diferente, não tem costume, santa?

O Palmeiras foi grande, como sempre foi, só alguns poucos quiseram o apequenar, mas nada que é grande deixará de ser grande, porque é o amor de milhões, e a partir de agora será de cada vez mais milhões, porque o Palmeiras atrai, porque é carismático, chamativo, Palmeiras se ama ou se odeia, nunca se ignora, e quem o ama, o ama de verdade e sabe contagiar o próximo.

Agora é ganhar do Paulista, nossa torcida invadir Jundiaí, o time, provavelmente completo, partir para cima, para ganhar, como deve ser, como a torcida e o Luxa ensinam e ter duas oportunidades em casa para sacramentar um bem possível 1º lugar na classificação. Na verdade, serão 4 jogos em casa, ou Jundiaí é longe e o Paulista tem torcida? E a arena Barueri, nossa casa no começo do campeonato? São 4 jogos para encher de palmeirenses.

Valeu muito tudo isso, ultrapassar bambis e gambás em uma rodada só não tem preço, chutar os bambis para 7º...o que significa nem precisa de comentários, chora, bambi, mas chorem na cama que é mais quente, e podem morder a fronha para aliviar porque a coisa dói...