sexta-feira, 16 de março de 2007

Virou chic ser bambi? - Être bambi est chic? 4

ANALISTA : MARCELLO MUSICO DE MENEZES

Entre os anos 80 e começo dos 90 houve um grande crescimento da torcida bambi, devido, principalmente, a conquistas e ao maciço trabalho de divulgação das virtudes. Mas sempre foi aquela torcidinha esquisita, de estádio geralmente vazio. Como disse o Claudio, também acho que houve uma mudança no perfil da torcida, que tem uma grande penetração (epa!) nos bairros da periferia da cidade, que sempre foram basicamente um reduto gambá.

Hoje, não sei se é impressão minha, começo a perceber uma certa rejeição no meio dos adolescentes com relação aos saopaulinos. Me parece que além da "questão bambi", eles começam a ser taxados como uma espécie de nerd, gente sem atitude, enfim, com "cara de nada".

Tenho uma filha adolescente. Em seu colégio a maioria dos alunos é de classe média ou da chamada média alta. Na sua classe, vinte e poucos alunos, existe uma rigorosa divisão pelos três grandes da capital. A diferença básica é que os Palmeirenses são militantes, vão aos jogos, discutem com ou outros, usam camisas, acompanham futebol, etc. E, pelo menos é essa minha impressão, esse aumento na quantidade de adolescentes nos jogos no PI, principalmente de garotas na faixa dos 15, bonitas, de verde, está criando uma imagem mais jovial da torcida.

Pra terminar, fodam-se os bambis, foda-se sua imagem, foda-se sua historinha, foda-se o interesse por eles.

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